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Chanceleres do Brics se reúnem no Rio para definir rumos da nova ordem global

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Chanceleres do Brics se reúnem no Rio para definir rumos da nova ordem global


Negociações incluem crise em Gaza, reforma da ONU, inteligência artificial e mudanças climáticas.





Nesta semana, chanceleres dos países do Brics se reúnem no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, para negociar o texto da declaração final que será assinada na cúpula de líderes prevista para julho, também na capital fluminense. O encontro é considerado estratégico para definir os rumos do bloco diante dos desafios geopolíticos e econômicos atuais.





Entre os temas prioritários da pauta estão as mudanças climáticas, a regulamentação da inteligência artificial, a reforma do Conselho de Segurança da ONU e o fortalecimento das instituições multilaterais. Diplomatas brasileiros destacam que a recente adesão de países com forte influência no Oriente Médio — como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egito — poderá dar mais peso às propostas do Brics sobre a crise em Gaza.





O contexto internacional é igualmente delicado em relação à guerra no Leste Europeu. Com os Estados Unidos sinalizando um possível afastamento das negociações de paz e a União Europeia mantendo apoio firme à Ucrânia, o Brics precisará lidar com a atuação da Rússia, que permanece ocupando territórios ucranianos.





O Brasil pretende aproveitar a cúpula para reforçar a necessidade de reformar o Conselho de Segurança da ONU, buscando apoio para sua candidatura a uma vaga permanente. A China é considerada um aliado estratégico nessa empreitada, enquanto a Rússia já expressou apoio anteriormente.





Outro ponto de destaque será a revitalização da Organização Mundial do Comércio (OMC), iniciativa que pode funcionar como resposta à política comercial protecionista de Donald Trump. A crise de credibilidade da OMC preocupa especialmente os países em desenvolvimento, que dependem de regras multilaterais para equilibrar as relações de comércio.





Além da tradicional carta dos líderes, o Brasil propõe a adoção de dois documentos adicionais: um sobre financiamento climático e outro sobre governança da inteligência artificial. O objetivo é reforçar que o combate às mudanças climáticas deve estar diretamente ligado à redução das desigualdades globais, pressionando os países desenvolvidos a cumprirem suas metas no Acordo de Paris.





No campo da inteligência artificial, o Itamaraty pretende enfatizar o uso da tecnologia como ferramenta de inclusão social e de avanço estratégico, evitando que apenas as grandes potências concentrem seu desenvolvimento.





Por fim, os chanceleres também deverão discutir os critérios de ingresso de novos membros no Brics. Atualmente, as exigências incluem manter boas relações com todos os integrantes do bloco, ser membro da ONU e não adotar sanções unilaterais sem aprovação do Conselho de Segurança.





O encontro no Rio de Janeiro será decisivo para definir o papel do Brics em um cenário internacional cada vez mais fragmentado, com o fortalecimento do multilateralismo sendo apontado como caminho para uma nova ordem mundial mais justa e equilibrada.






Por: Portal Voz Livre
Matéria: Voz Livre
Foto: Leticia Clemente/MRE












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